30.11.05
«universos»
inaugura na quinta-feira dia 8 de Dezembro,
a partir das 21.00 horas, a exposição de cerâmica de luís Qual.
para ver até 23 de Dezembro. Galeria pintor José Tagarro no Cartaxo
Homem com peixe chamado Talento
O Peixe
Proveitoso para aqueles que pescavam, sorridentes e amigos, com mais ou menos subtíl anzol, o admirável peixe do homem corria risco de se subtrair a caminhos que não eram os seus.
Preocupado, resolveu fugir com o peixe.
Percorreu um deserto com o seu peixe multiforme debaixo do braço, encontrando, de-vez-em-quando, um telefone a tocar.
Fumava o famoso pensativo cigarro, lia mais um livro e adormecia com a cabeça sobre o peixe multicolor e sorridente.
Anacoreta, de pés e mãos atadas, sonhava com castelos no ar.
Miradouro do vazio, o deserto findou num precipício.
Despreocupado, silencioso e contemplativo, foi puxado para o alto pelo pássaro alado, que era um peixe chamado Talento.
Colecção particular
2000, grés. 163x34cm
Proveitoso para aqueles que pescavam, sorridentes e amigos, com mais ou menos subtíl anzol, o admirável peixe do homem corria risco de se subtrair a caminhos que não eram os seus.
Preocupado, resolveu fugir com o peixe.
Percorreu um deserto com o seu peixe multiforme debaixo do braço, encontrando, de-vez-em-quando, um telefone a tocar.
Fumava o famoso pensativo cigarro, lia mais um livro e adormecia com a cabeça sobre o peixe multicolor e sorridente.
Anacoreta, de pés e mãos atadas, sonhava com castelos no ar.
Miradouro do vazio, o deserto findou num precipício.
Despreocupado, silencioso e contemplativo, foi puxado para o alto pelo pássaro alado, que era um peixe chamado Talento.
Colecção particular
2000, grés. 163x34cm
28.11.05
24.11.05
16.11.05
14.11.05
Iniciativa
Excêntrica
«Forma, cor e materiais levam-nos, pelas mãos e pela Arte de Luis Qual, por uma viagem, tridimensional, táctil e pictórica, que é a busca interior e exterior do Ser das coisas e do Homem, uma demanda das essências, da Vida e dos seus (de todos nós) fantasmas, dos sentimentos e instrospecções colectivas e particulares, vogando, nessa busca (mediante o diálogo inovador com os materiais e as técnicas ancestrais) e procurando (por caminhos conceptuais alternativos) fazer transparecer novas (porque, por vezes, insuspeitas, silenciadas ou ocultas) vertentes da Existência Humana.»
Duarte Nuno Pinto da Rocha
Colecção particular, Lisboa
2002. Madeira e linha, 137x12cm
11.11.05
Exposições Individuais
2006
Sala Cultural do El Corte Inglés - Vila Nova de Gaia (escultura)
Quinta de Bonjoia – Porto (escultura)
Edifício Cultural – Peniche (escultura)
Galeria Maria Cristina Correia – Azambuja (escultura)
2005
Centro Cultural – Cartaxo (escultura)
2003
Casa do Brasil – Santarém (escultura e pintura)
Livraria K de livro – Pombal (cerâmica)
Galeria Respública – Santarém (escultura)
SKObar – Pombal (pintura)
2002
Galeria ARS-Pictórica – Lisboa (escultura)
Galeria Respública – Santarém (escultura e pintura)
Cafetaria d’Arte – Cartaxo (pintura)
2001
Galeria Nova Imagem – Lisboa (escultura)
2000
Bar Dona Horta Coice de Mula – Cartaxo (escultura)
1999
Cafetaria d’Arte – Cartaxo (escultura)
Imperatriz, 2000. Grés esmaltado e porcelana. 212x66x42cm
Colecção particular, Arizona-EUA
Sala Cultural do El Corte Inglés - Vila Nova de Gaia (escultura)
Quinta de Bonjoia – Porto (escultura)
Edifício Cultural – Peniche (escultura)
Galeria Maria Cristina Correia – Azambuja (escultura)
2005
Centro Cultural – Cartaxo (escultura)
2003
Casa do Brasil – Santarém (escultura e pintura)
Livraria K de livro – Pombal (cerâmica)
Galeria Respública – Santarém (escultura)
SKObar – Pombal (pintura)
2002
Galeria ARS-Pictórica – Lisboa (escultura)
Galeria Respública – Santarém (escultura e pintura)
Cafetaria d’Arte – Cartaxo (pintura)
2001
Galeria Nova Imagem – Lisboa (escultura)
2000
Bar Dona Horta Coice de Mula – Cartaxo (escultura)
1999
Cafetaria d’Arte – Cartaxo (escultura)
Imperatriz, 2000. Grés esmaltado e porcelana. 212x66x42cm
Colecção particular, Arizona-EUA
Exposições Colectivas
2006
Simpósio Internacional de Escultura - Slupsk, Polónia (escultura)
2005
IV Exposição Caminhos das Artes – Santarém (escultura)
Galeria Alexitimia – Santarém (escultura e cerâmica)
2004
III Exposição Caminhos das Artes – Santarém (escultura)
2003
II Exposição Caminhos das Artes – Santarém (escultura)
2000
Festival Tejo – Valada, Cartaxo (escultura)
1996
Cafetaria d’Arte – Cartaxo (escultura)
1993
Loja de Arte – Caldas da Rainha (pintura)
III Bienal Internacional de Cerâmica Artistica - Aveiro (escultura)
1992
Galeria Ogiva, Azulejaria Contemporânea – Óbidos (azulejo)
1991
Festival Internacional de Banda Desenhada - Charleroi, Bélgica (BD)
Atracção, 2003. Barro esmaltado. 75x35cm
Colecção Casa do Brasil-Santarém
Simpósio Internacional de Escultura - Slupsk, Polónia (escultura)
2005
IV Exposição Caminhos das Artes – Santarém (escultura)
Galeria Alexitimia – Santarém (escultura e cerâmica)
2004
III Exposição Caminhos das Artes – Santarém (escultura)
2003
II Exposição Caminhos das Artes – Santarém (escultura)
2000
Festival Tejo – Valada, Cartaxo (escultura)
1996
Cafetaria d’Arte – Cartaxo (escultura)
1993
Loja de Arte – Caldas da Rainha (pintura)
III Bienal Internacional de Cerâmica Artistica - Aveiro (escultura)
1992
Galeria Ogiva, Azulejaria Contemporânea – Óbidos (azulejo)
1991
Festival Internacional de Banda Desenhada - Charleroi, Bélgica (BD)
Atracção, 2003. Barro esmaltado. 75x35cm
Colecção Casa do Brasil-Santarém
6.11.05
Um artista versátil e eclético
«Decorreu de 1 a 31 de Outubro a primeira exposição de artes plásticas do novo Centro Cultural do Cartaxo, e a qual teve a honra de ser a primeira a inaugurar um espaço expositivo de qualidade, em que se respira modernidade e contemporaneidade.
(...) Luís Qual utiliza a cerâmica, o barro modelado como suporte para as suas criações artísticas. Mas as suas peças afastam-se de uma linha da cerâmica “tradicional” e são sobretudo peças escultóricas, em que a performance está bem vincada. (...) Individualmente cada peça conta uma história, a sua história; em conjunto, constroem uma antologia da condição humana, nas suas misérias e grandezas, herdeiros que somos de uma cultura essencialmente judaico-cristã.
Este artista, faz citações que nos remetem para a cultura de massas da nossa época. Nela existem ecos do cinema de Wim Wenders, da leitura de Milan Kundera, do romantismo e decadentismo de finais do século XIX, do surrealismo (que mais não é do que um segundo romantismo), da força expressiva de raiz ibérica de um Picasso, ou do surrealismo de Dali, do hedonismo e neo-platonismo da nossa época, da banda desenhada, da cultura de massas, do culto do corpo e da beleza da nossa época, da futilidade do nosso tempo, dos estudos antropológicos de Lévi-Strauss, ou do pensamento de Michel Foucault. E fá-lo com uma fina ironia e sarcasmo, nunca de uma maneira distanciada, mas sim com compromisso e apurada poética e sensibilidade. O leque de peças apresentadas é vasto: Gula, Dragonina Volátil, Mãe Preta; Mãe Branca; Procura, Pose, Passado, Projecto Oculto, Fénix, Indolência, Medo de Q....
Destaco, pelo seu significado, a peça escultórica o Estrangeiro, que faz uma crítica subliminar à nossa condição de portugueses: o deslumbramento pacóvio que temos perante tudo o que vem de fora, e por isso as luzes de Las Vegas, o néon que nos ofusca, perante a variedade e sociedades bastante mais cosmopolitas e misturadas do que a nossa. A obra de Luís Qual é rica de significados, versátil, polissémica, terna ou crua e rasgada.
Existe neste artista uma força subterrânea, vulcânica e telúrica; umas vezes é mais resguardado e intimista, outras mais exposto e despojado, sem mistério, na sua crueza directa e autêntica. Existe aqui uma demanda e ascese pessoal. As suas peças escultóricas estão no fio da navalha: rudes e directas, ou suaves, líricas e oníricas. Nelas o sonho e o pesadelo convivem lado a lado, ambições e vaidades torturam-se, dilaceram-se, em contrastes, não de preto e branco, não maniqueístas e moralizantes, mas cinzentos.
Todos temos um pouco de anjos e demónios e a natureza humana é, na sua essência, insondável e misteriosa. Toda a sua obra é autobiográfica, no sentido em que é feita por um indivíduo, a partir da sua experiência, sensibilidade, conhecimento e fruto de um contexto.
A leitura que se faz de uma obra, é sempre pessoal e subjectiva. Muitas vezes os artistas sorriem ao lerem as críticas às suas obras. Quando as estavam a realizar de uma maneira cerebral e programada, ou de uma maneira vulcânica e apaixonada não pensavam em nada disto nem em toda a “parafernália cultural” com que os críticos os atulham. São ossos do ofício, em que estamos condenados a viver, em alinhamento ou desencontro, nas muitas leituras possíveis de uma obra. A exposição de Luís Qual é já um marco de afirmação, e deu-o a conhecer a um público mais vasto e alargado. Poderá ser o pontapé de saída para uma carreira fulgurante. É um orgulho para o Cartaxo possuir um artista com a craveira de qualidade que este revela!»
Miguel Leal
(Historiador de Arte)
3.11.05
Dragonia Volátil
Da evolução existente da vida consciente, as almas desmaiam esquecidas no tempo que amanhece e adormece.
São poucos os conquistadores sonhadores que transcendem a dimensão cronológica da erosão passageira universal do cosmos.
O Luís é um desses conquistadores de natureza imaginada.
É uma personagem que resiste à inércia de comportamento da matéria violada.
Que pisa territórios sem virtude defeituosa, transformando vícios de sentidos de percepção sensorial tempestuosa.
Os elementos de cor são a origem da sua essência primitiva, reflectindo-as em formas bizarras de aparência massajada.
Conhecer o Luís é uma viagem de descoberta, uma viagem ao nosso próprio reflexo despertado por sentidos que jamais dariam vida à nossa alma.
Carlos Gouveia
2005. Grés esmaltado, 68x30x24cm
em exposição na Galeria São Mamede, Lisboa
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